O município de Montalegre, em conjunto com o Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), acaba de conquistar o direito a organizar, por mais cinco anos, a prova portuguesa a contar para o Campeonato do Mundo de Rallycross. Uma vitória em toda a linha que prova a dinâmica da autarquia na defesa dos interesses do território. Na calha, está um «pacote de investimentos na pista a rondar os três a quatro milhões de euros», garante o presidente Orlando Alves.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já comunicou a decisão de manter, por mais cinco anos, a etapa portuguesa do Mundial Rallycross em Montalegre. As negociações chegam assim a um final feliz reforçando «esta parceria» e mantendo «esta dinâmica», começa por enfatizar o presidente da Câmara Municipal, Orlando Alves. O autarca garante que o município está a preparar «um pacote de investimentos na pista a rondar os três a quatro milhões de euros».
OBRAS JÁ ARRANCARAM
O investimento, sublinha Orlando Alves, «confere um retorno significativo para a terra e sobretudo põe-nos a competir com espaços e cidades de notoriedade mundial». Devido às exigências da FIA, Montalegre já iniciou um conjunto de melhoramentos no circuito e na área envolvente, como o alargamento da área do paddock e a instalação de uma bancada com 2.800 lugares. O investimento ronda os 150 mil euros. A somar a estas decisões, acrescenta Orlando Alves, «apresentamos, também à FIA, a maquete daquilo que são os investimentos que o município está a preparar para fazer na pista e que, nos próximos cinco anos, ultrapassarão os três ou quatro milhões de euros». O edil disse ser necessário melhorar os espaços de acolhimentos das equipas médicas e de enfermagem, bem como dos órgãos de comunicação, vários dos quais internacionais, que acompanham o Campeonato do Mundo, e otimizar a rede de fibra ótica.
ACESSO A CHAVES
A reboque deste conjunto de investimentos, está a necessidade de melhorar as acessibilidades à cidade de Chaves, lembrando que se trata de uma estrada municipal e que a obra terá que ser feita em conjunto com a autarquia: «estamos a trabalhar estas ideias e não tenho dúvida nenhuma que, dentro de pouco tempo, eu e o colega de Chaves nos iremos sentar para definir uma forma de, em conjunto, arrebanharmos umas moedinhas lá no fundo do pote para canalizar para aquela estrada que é vital para tudo quanto nós fazemos e para a dinamização económica da região», explicou o líder do executivo. A par desta necessidade, junta-se outra «contrariedade» com o encerramento do hotel construído na vila, pelo que, segundo o presidente, poderão beneficiar ainda mais as unidades hoteleiras dos concelhos limítrofes.
Refira-se que o concelho, com este evento, apresenta um retorno que «pode ultrapassar os dois milhões de euros», sendo uma oportunidade de negócio para as unidades hoteleiras, restaurantes e comércio. O evento atrai muitos espetadores, muitos deles provenientes da vizinha Espanha. Orlando Alves frisou ainda que a publicidade que é feita do território, através das reportagens televisivas, «é uma mais-valia». A ilustrar o facto da prova ser transmitida em cerca de 100 países